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I CLBNA - Juri 2006 - Andrea Sebben

Andréa Sebben

 

Gaúcha de Porto Alegre, Andréa Sebben é psicóloga culturalista, com formação na Universidad Complutense de Madrid (Espanha) e na PUCRS (Porto Alegre); mestre em Psicologia na área de Relações Intergrupais; membro da IACCP (International Association for Cross-Cultural Psychology) e da IAAP (International Association of Applied Psychology); psicóloga no Centro de Acolhidas a Refugiados e Exilados (Madrid, 1994); voluntária no Conselho Europeu no Progetto Gioventu per l’Europa (Roma, 1991); membro titular do Educational Advisory Council of AFS International; curso de Monitores Interculturais pela AFSAI/Itália (Associazione per la Formazione, gli Scambi e le Attività Interculturali) e pelo Council of Europe (European Youth Centre) (1996) e prêmio Jovem Empreendedor/ENE (Escola de Novos Empreendedores, Univ. Federal de Santa Catarina, Administração de Empresas).

É autora dos livros: "Intercâmbio Cultural: um guia de Educação Intercultural para ser cidadão do mundo", Editora Artes & Ofícios, Porto Alegre, (1999) e “Os Nortes da Bussola: Manual para Conviver e Negociar com Culturas Estrangeiras *, Ed. Artes & Ofícios, 2005.

* O livro "Os Nortes da Bussola: Manual para Conviver e Negociar com Culturas Estrangeiras" será entregue ao trabalho classificado com "Menção Honrosa" na categoria Crônicas, em nosso concurso Literário.

 

Andrea Sebben foi entrevistada pela repórter Fernanda Carvalho, do jornal Correio da Bahia. A entrevista, realizada em 19.7.05, nos permite conhecer melhor seu trabalho e traz informações importantes para brasileiros que vivem no exterior.


CB: Inicialmente, gostaria de uma breve apresentação pessoal: sei que a senhora é psicóloga, mas onde nasceu? Idade? É casada? Formou-se aqui no Brasil mesmo? Com que idade deixou o país para morar no exterior? Como foi esta experiência para alguém que ainda não era uma especialista no tema?


AS: Oportuna esta pergunta. Sempre começo me apresentando, até para contextualizar de onde nasceu minha atuação na área da Psicologia Intercultural. Costumo dizer que são esses encontros que todos temos com o destino, e só ficamos sabendo encima da hora! Fiz o programa au-pair, em 1989 e acabei fazendo a faculdade em Madrid (Psicologia). Durante a faculdade fiz estágio durante 1 ano no Centro de Acogida a Refugiados y Exilados e nesse momento comecei a me questionar como a psicologia nunca havia parado para estudar os fenômenos migratórios, os processos de adaptação, as relações hóspede-hospedeiro. E de fato havia um área que estava inciando, a chamada Cross-Cultural Psyhology, ou Psicologia Intercultural. Ela trazia respostas bem mais concretas ao drama dos estrangeiros do que qualquer outra escola psicanalítica ou cognitivista. Depois de terminar a faculdade, fui ser voluntária numa grande universidade belga (Louvain-la-Neuve) e lá trabalhei no Centre des Etudiants Etrangers, cuidando da adaptação do estrangeiro que chegava e de algumas famílias hospedeiras. Foi muito interessante porque me ensinou muito à respeito da adaptação dos hospedeiros do quanto também é difícil para eles. E finalmente Roma foi minha última cidade de acolhida, onde novamente fui voluntária durante 18 meses num Programa do Conselho Europeu (Progetto Gioventtu per l ´Europa) fazendo a preparação dos italianos para fazerem interc6ambio dentro da Europa. Por conta desse voluntariado eles me presentearam com um curso de Especialização em Educação Intercultural. Assim que meu trabalho tem duas ciências profundamente complementares: a psicologia intercultural que nos ajuda a compreender perfeitamente os fenômenos migratórios que acontecem conosco e com os hospedeiros e a Educação Intercultura, que nos ensina novas maneiras de se comportar nos encontros interculturais. A Ed. Intercultural é como se fosse a antiga Moral e Cívica, só que voltada para o cidadão do mundo.


CB: A personagem Sol da novela das oito da TV Globo, América*, protagonizada pela atriz Débora Secco, mostra a luta de um brasileiro para conseguir sair do país em busca de melhor condição de vida. O sonho de Sol é o mesmo de muitos outros brasileiros que acalentam a ilusão de uma vida feliz longe daqui. A senhora acredita que a experiência de morar em outro país é sempre benéfica?


AS: Difícil dizer que uma experiência em outro país é sempre benéfica. Toda migração tem pelo menos 3 características básicas: é uma experiência de risco, de ambivalência e de solidão. Ambivalência porque são ganhos e perdas profundas ao mesmo tempo. Na verdade, um primeiro momento de muitas perdas, e paulatinamente os ganhos vão dando lugar a elas. Todos que saem do seu país sabem das coisas que vão deixar mas não sabem as coisas que vão ganhar. Por isso ninguém tem 100% de certeza de que essa é a escolha certa. Por isso choro e riso, festas de despedida com momentos de alegria, orgulho e outros de medo e angústia. A outra característica é a solidão: tudo o que você conquistar (desde aprender a pedir um pedaço de pão na padaria), até amigos, pessoas que te querem bem, o idioma, a geografia, o saber orientar-se dentro das cidades, tudo são conquistas pessoais e instransferíveis. Da mesma forma as lágrimas, arrependimentos, dores e desamparo são únicos. Não há nada nem ninguém que possa mensurar ou compreender esses sentimentos. Eu poderia passar anos contando como foi viver na Itália, na Bélgica ou na Espanha mas nunca ninguém poderá captar a riqueza do que foi viver por lá. E finalmente o risco: estamos lidando com gente, gente que vai, gente que recebe, que emprega, que acolhe em suas famílias vountárias. Não há como prever o comportamento destes hóspedes e destes hospedeiros. Portanto dizer que é sempre benéfica seria um pouco precipitado de minha parte. O que posso dizer é que é sempre enriquecedora, mas que é fundamental saber lidar com o risco, com a solidão e com a ambivalência. E quem não se sente disposto a vivenciar esses sentimentos então provavelmente não será benéfico.


CB: Em geral, quais as dificuldades enfrentadas por um imigrante brasileiro nos países tidos como de primeiro mundo?


AS: O encontro intercultural entre brasileiros e países de primeiro mundo são na verdade um conflito de valores e crenças culturais. Posto que cultura é comportamento todo nosso modo de amar, viver, perdoar, decidir, governar, tocar, vestir estão impregnados do que chamamos “jeito de ser”. São categorias culturais que estudamos detalhadamente na Psicologia Intercultural. Então vejamos: nós brasileiros, assim como gregos, malasianos, filipinos, portugueses fazemos parte de um grupo cultural chamado coletivistas. Outros países são chamados de individualistas (como os americanos, australianos, canadeneses, franceses). O que nos afasta destes povos é justamente o conflito entre individualismo & coletivismo. Nós, coletivistas, temos uma pequena distância corporal ao conversarmos, nos tocamos, apreciamos a exposição corporal, andamos em grandes grupos, perguntamos de nossas vidas, trocamos favores, somos comunicativos, afetivos, temos um senso de privacidade bastante pequeno. Eles, individualistas, não apreciam nem o contato nem a exposição corporal, andam em grupos pequenos, o senso de privacidade deles é enorme, não há troca de favores ou jantares íntimos nas casas dos amigos. Isso faz com que os brasileiros sintam-se rejeitados e emitam julgamentos como : “Eles são frios, arrogantes, egoístas, moralistas, reprimidos sexualmente, só pensam neles, etc...”Ou seja: não há a compreensão do relativismo cultural, de que talvez existam outros modelos de relacionamento e de amizade que sejam válidos. Compreender que podem fazer amigos sim, mas amigos “individualistas” e não “coletivistas”. Lembro de um grupo de engenheiros brasileiros com quem trabalhei e que estiveram em Londres por 2 anos. Pelas tantas, um deles desesperado por não ter conseguido um amigo sequer na empresa, resolveu convidar alguns colegas para uma janta em casa. Este brasileiro sentia-se profundamente desamparado com aqueles pensamentos “ninguém gosta de mim, por que não me convidam, etc.etc...” Durante o jantar um dos britânicos, emocionado, declarou: “Puxa! Em 20 anos de empresa é a primeira vez que um colega me convida para jantar em sua casa...Que boa iniciativa, obrigada!” Ou seja: não havia nada de errado com o brasileiro e ele pôde compreender ali que é a forma deles serem, inclusive entre eles também, que determina a forma de comportarem-se como grupo.


CB: Os atentados e a onda de terrorismo têm contribuído para aumentar as dificuldades de ingresso e permanência nos Estados Unidos. A fiscalização está, mais do que nunca, rigorosa apesar dos imigrantes serem mão-de-obra barata. Na sua experiência, os brasileiros são bem-vindos em outras nações? Em que lugares eles encontram maior resistência?


AS: Como um todo, os brasileiros são bem quistos em todos os lugares do mundo. Temos a fama de simpáticos, alegres, generosos, comunicativos, afetivos. Acho que encontramos maior resistência em países com distanciamento cultural maior, ou seja, quanto maior a diferença cultural. Por exemplo: somos um povo profundamente etnocêntrico. Esse é um dos braços fortes da Psicologia Intercultural: compreender a força do etnocentrismo em nosso comportamento. Daí nossas frases tipo "Não estou acostumado...Eles são muito estranhos... Não consigo me habituar.." Como se os esquisitos fossem sempre os outros. Isso é a antítese da intercultura. Nossa atitude em querer ditar as regras, em acreditar que nós estamos certos e que o resto do mundo não sabe fazer as coisas atrapalha nosso 'approach' frente às outras culturas. Bem, outro povo profundamente etnocentrista é o norte-americano. Daí o confronto maior: eles além de etnocêntricos são nacionalistas, nós apenas etnocêntricos e pouco nacionalistas. Mas o suficiente para o conflito ser grande. Ou seja: em países como Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, onde o etnocentrismo é forte, o brasileiro encontrará resistência porque ele próprio agirá à favor dessa resistência. Entretanto países como Bélgica, Austrália, Nova Zelândia a acolhida será melhor, menos etnocentrismo, menos conflito com os brasileiros.


CB: No que a experiência de viver no exterior, mesmo que por um período curto, difere de uma simples viagem de turismo?


AS: Fundamentalmente a perspectiva. No turismo tu tens a prerrogativa de gostar ou não, e se não gostar, não volta mais. A perspectiva correta do intercâmbio é: como vou me ajustar? Porque se você ficar se perguntando gosto ou não gosto, viverá em dilemas intermináveis. Foi para morar, viver, trabalhar? Bem, há que ajustar-se. E a segunda perspectiva é: no turismo tu conheces a cultural de forma epidérmica – quase mercantilizada. Os hóspedes compram, os hospedeiros se vendem. E veja, não há problema nenhum nisso, por isso o turismo é tão apreciado. Sabe-se o que se está comprando. No intercâmbio, como já falei antes, não há controle, há risco. Muito risco. Não se compra um “pacote”, se compra um “destino”. E o destino, quem sabe como será?


CB: A situação é também diferente para os que vão para outros países estudar, trabalhar ou simplesmente aventurar? O que quero saber é se a adaptação é mais fácil para alguém que faz um simples intercâmbio comparado com alguém que embarca com objetivo de trabalhar, ganhar muito dinheiro e mudar de vida?


AS: Algumas variáveis são importantes para mensurar o sucesso de uma adaptação. São elas: quantos anos você tem, quanto tempo irá ficar, se há a possibilidade de retorno e quando, se vai acompanhado ou sozinho e a história pregressa que deixa no Brasil. Quem que quer que vá sem ter essas respostas claras já estará dando um passo em falso. Eu digo o seguinte: é tão difícil adaptar-se no exterior de verdade, ser feliz, manter seus ideais que é fundamental ter uma meta, um foco. Isso porque vontade de voltar, desistir, largar tudo ocorrerá muitas vezes e nesse momento é importante manter o foco. Ter uma razão para isso tudo. Portanto, deixar noivados mal-acabados, dívidas gigantescas, traumas de infância não ajudará em nada. Isso tudo a gente leva na mal, mesmo sem quere. Faço minhas as palavras do Amir Klink. “Qualquer um pode chegar onde quer, desde que saiba onde está indo.”


CB: Como superar as adversidades de viver no exterior? Qual o conselho para quem quer ser cidadão do mundo.


AS: Quando se fala em viver no exterior de forma inteligente fala-se em Educação Intercultural. Não há nada que supere essa grande sala de aula que é nosso planeta e nossa gente. Ser cidadão do mundo é um empenho constante de superação. Costumo dizer que a viagem é a arte do encontro – o encontro consigo mesmo. Portanto: ser corajoso, ter metas, ter focos, ter sonhos (e que sejam grandes e envolventes.) Mas abrir-se também, superar seus preconceitos, seu racismo, sua ignorância. Dar lugar à confiança no ser humano (tão desprestigiada anda a confiança no próximo, não?), permitir-se ser mais tolerante, mais generoso, mais benevolente. O cidadão do mundo, ao meu ver, deveria esquecer a relação hóspede/hospedeiro e colocar-se sempre na posição de hospedeiro. É como se eu, na minha primeira vez em Salvador viesse preocupada com o fato do povo ser gentil comigo. Por que pensar no que vou receber? Ora, minha preocupação é em eu ser gentil com vocês. Que eu possa dar meu melhor, marcar a vida das pessoas, agregar valor ao nosso encontro. Pensar no que eu posso fazer, e não responsabilizar os outros por isso. Creio que isso dá mais chances do encontro dar certo.


CB: De que forma o seu trabalho, suas palestras ajudam brasileiros que querem embarcar rumo a uma nova vida em outro país?


AS: Os Treinamentos Interculturais observam a seguinte metodologia: conhecer-se enquanto brasileiro, conhecer o outro como estrangeiro e compreender a interação desses pares. Isso nos leva a alguns benefícios: um baixo n° de retornos precoces em programas internacionais; melhora na performance do participante; alta produtividade & aproveitamento na permanência; maior ajustamento e adaptabilidade; maior satisfação dos hospedeiros, a: umento significativo no sucesso dos programas e negócios internacionais; maior produtividade/lucratividade nas negociações estrangeiras; b: aixos incidentes que possam prejudicar a organização ou o país hospedeiro; aumento da fidedignidade/confiabilidade na empresa agenciadora junto aos parceiros internacionais; fortalecimento da imagem e confiança da agência no mercado local e internacional; menos problemas entre agentes internacionais e brasileiros.

CB: Invertendo a situação, o que os brasileiros que acolhem e lidam com estrangeiros devem saber para recebê-los bem e, ao mesmo tempo, aproveitar ao máximo este choque de culturas?

AS: A mesma lógica do Treinamento Intercultural para ser bem recebido aplica-se ao bem receber. Compreender o outro, sua cultura, seu legado, sua história e compreender a si mesmo também. Acho que em geral somos bons nisso. Grandes pesquisadores da Psicologia Intercultural dizem que o Brasil é um de nossos melhores laboratórios. Mas insisto que agências do governo, agências de intercâmbio e empresas estrangeiras que querem colocar-se por aqui devem prestar mais atenção aos benefícios que esta nova Psicologia tem a oferecer.


CB: E quanto à peculiar experiência com os refugiados de guerra e exilados de Madri. Qual foi o maior aprendizado?


AS: O maior aprendizado pode ser resumido numa frase que coloquei num de meus livros: A terra é meu país e a humanidade minha família (Mahamta Ghandi). Nossas semelhanças são incríveis e nossa diversidade é saborosa. Saber celebrá-las. Compreender a profunda interdependência dos povos, sermos mais solidários, mais gente, mais irmãos. Na Europa há muita discriminação com os refugiados, colocando-os sempre no lugar do bandido, do delinqüente. Precisamos rever isso urgentemente: o refugiado não é o algoz, é a vítima. Não está ali porque quer, mas porque foi banido ou porque fugiu de situações horrendas. Rever nosso conceito inclusive aqui no Brasil quando discrimina-se os migrantes nordestinos e atribui-se a eles crimes que não cometeram. Será que existe alguém nesse mundo que realmente opta por deixar seu país, seu berço, sua família, suas raízes, seu idioma para viver em campos de refugiados ou marginalizados em grandes cidades porque quer?


CB: Recentemente, a senhora realizou treinamento com nove diretores da Embratur que serão responsáveis pelos escritórios brasileiros de Turismo (EBT) do órgão em cidades como Frankfurt, Paris e Nova York. No que consiste este treinamento intercultural?


AS: Os treinamentos interculturais realizados por mim fazem parte de uma metodologia patenteada chamada Intercultural Trainingâ. Eles se aplicam as mais diferentes situações: jovens que fazem intercâmbio, executivos que moram ou negociam com culturas estrangeiras, estrangeiros no Brasil, empresas multinacionais, órgãos do governo em contato com culturas estrangeiras. Eles podem ser voltados exclusivamente para determinado país ( por exemplo, grupos em negociação com os Tigres Asiáticos), para determinados objetivos (estudantes de high school), para determinado público ( um grupo de trainees que vão para Dinamarca).


CB: O treinamento sobre educação intercultural, baseado em idéias da Unesco pelo Programa Cultura para a Paz, utilizado também pelo Council of Europe, tem o objetivo de preparar alunos para a miscigenação de raças e para a administração de possíveis conflitos com pressupostos pacíficos. Explique melhor a utilização de jogos e teatralização para tratar de temas delicados como preconceito e discriminação?


AS: Uso técnicas chamadas “jogos de simulação intercultural e jogos de análise intercultural”, justamente estas aprendidas nestes órgãos europeus. Não há nada mais ineficiente do que dizer para uma pessoa que ela precisa se adaptar, ser mais madura ou deixar de ser preconceituosa. Essas mudanças de comportamento não respondem à argumentação racional. Há que fazer com que as pessoas sintam (na prática) o que estamos falando e logo, oferecer uma teoria científica séria e coerente que dê luz a esses fenômenos. Creio que a junção da técnica e do afeto são remédios eficazes para a sensibilização das pessoas.





Info:
* A novela América foi exibida pela TV Globo no ano de 2005. Seu último capítulo foi exibido em 5.11.05.

Links:

Site Andrea Sebben: www.andreasebben.com.br

Resenha sobre o livro "Os nortes da bússola": http://www.ucb.br/relinter/mostra_ResenhaInternacional.asp?id=38

Livros:
- Os nortes da bússola, ISBN - 8574211184: Livraria Siciliano; Livraria Saraiva; Cia. dos Livros; Submarino; Arte Pau Brasil; Livraria Cultura
- Intercâmbio Cultural, ISBN - 8574210110: Livraria Saraiva; Arte Pau Brasil; Livraria Cultura



 

Entrevista: Fernanda Carvalho, jornal Correio da Bahia
Fotos: Andrea Sebben
Direitos de publicação: www.brasileiros-na-alemanha.com
Este texto não pode ser reproduzido ou traduzido, em todo ou em parte
sem prévia autorização do nosso portal e da jornalista, autora da entrevista.

 

 

 

 

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