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"As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental...."

O mundo da moda que, além de incentivar o consumismo e favorecer também as ditaduras de estilos e tendências, está ficando mais flexível, mais aberto, menos atracado a um padrão básico que acaba nos reduzindo a pessoas „in“ ou „out“, onde todo mundo acaba usando os mesmo tipos de roupas, independentes ou não do quanto ridículo possa (a)parecer. Em todo canto encontramos consultores de moda, nos ensinando a buscar um perfil, um estilo próprio, onde as qualidades são ressaltadas e os detalhes menos atraentes são disfarçados... O poder aquisitivo nem é fator determinante. De „A“ a „Z“ achamos dicas acessíveis e práticáveis para todo bolso. Nada mal...

Moda e beleza, beleza e moda, elas andam de mãos dadas, mas nem por isto, devemos nos escravizar pra atender e manter estilos que muitas vezes nem representam os nossos gostos pessoais. Devemos nos rebelar contra qualquer imposição sobre nosso jeito de vestir, de andar, de ser, abaixo os sofrimentos e agressões que nos impomos pra ficarmos belas, dentro da moda, por assim dizer. Vamos assumir nosso perfil sim, vamos aceitar dicas sim, mas auto-violência, escravidão aos padrões: Não! Mulheres do mundo inteiro, rebelai-vos contras a ditadura da „moda“ como por exemplo, usar bottox e o diabo a quatro para ficar um „produto“ mais jovem, mais fácil de ser aceito. Pelo amor de Deus, com todo respeito a quem aderiu e gostou disto aí, não me queiram mal por isto. Apenas cheguei à conclusão de que em todas nós tem um potencial próprio e particular de beleza, de traços para serem admirados, sem que tenhamos que parecer com as atrizes de „Sex and City“ ou as donas-de-casa neuróticas do „Desperate Housewives“...

As formas de envelhecer de forma saudável ou até de tentarmos adiar a ação do tempo sobre nossa pele, nossos rostos e corpos são válidas, mas equilibradamente, sem exageros e abusos que caem no ridículo. Vamos evitar pecar pelo excesso, sem falar nos riscos de saúde que fazemos de conta que nem existem. Antes de nos transformarmos para ficarmos belas, vamos gostar da gente como somos, aceitar e investir em algumas mudanças na aparência e viver de modo saudável,  não tem nada a ver com terror psicológico, com o ódio ao espelho e à natureza que nos criou.

Vinícius, o grande poeta, esqueceu de dizer o que seria a chamada mulher „feia“, mas eu vou arriscar um palpite: mulher feia, pessoa feia, é aquela que não sabe que beleza não é apenas aquela coisa enxergamos, mas sobretudo aquela que sentimos...e sentir é algo inerente ao ser humano.

Claudia Sampaio
Berlim, fevereiro/2009

Copyrights: Claudia Sampaio
Foto: Claudia Sampaio
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