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Bicicletada pode salvar o planeta

O primeiro protótipo saiu às ruas somente em 1790 quando o conde Sivrac, da França, criou o Celerífer. Uma bicicleta primitiva de duas rodas, ligadas por uma ponte de madeira em forma de cavalo e acionado por impulso alternado dos pés sobre o chão. (Quem mora na Alemanha e tem criança provavelmente já viu o Laufrad. É algo semelhante).

O alemão Carl Friedrich Ludwig criou a bicicleta com guidão, chamada de Draisiana. No século XIX a Drasiana se espalhou e popularizou-se pela Europa, mas o pedal frontal só surgiu em 1861, criado pelo francês Pierre Michaux.  A idéia se popularizou e a bicicleta moderna com pedais no centro e corrente, batizada de Rover, foi criada em 18801.
Em 1900 a quantidade de bicicletas na França já chegava a 10 milhões. Hoje, no Brasil, são contabilizadas aproximadamente 50 milhões de exemplares. Na Europa, aonde a bicicleta como meio de transporte é mais divulgada, 100% dos holandeses têm pelo menos uma “magrela” em casa, seguidos pelos dinamarqueses, 83%, e pelos alemães, 77%, respectivamente 2.

As primeiras bicicletas foram trazidas para o Brasil pelos barões do café com o intuito de competições. Em 1948, com o desenvolvimento da indústria brasileira, a bicicleta começou a ser fabricada no Brasil.

Infelizmente o governo de Juscelino Kubitschek optou por um modelo de desenvolvimento baseado no petróleo, estimulando o uso de carros como meio de transporte. A partir daí todo mundo já sabe o que aconteceu...

Desde 2004 o governo tem um Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta, procurando estimular os Governos Municipais, Estaduais e do Distrito Federal a desenvolverem e aprimorarem ações que favoreçam o uso da bicicleta como modo de transporte com mais segurança. O programa está dando frutos: são 2,5 mil km de ciclovias em todo o território nacional. O Rio de Janeiro, por sua vez, tem a maior rede de ciclovia do País, com mais de 140 km.

Para efeito de comparação, em Bogotá, uma cidade que investiu forte na bicicleta como meio de transporte, já existem 300 km de ciclovias.

Amsterdã, a “cidade das bicicletas”, tem 400 km.

De acordo com o secretário de Transportes, Alberto Fraga, está planejada a construção de 600 km de ciclovias em todo o Distrito Federal.

De forma ainda a impulsionar a bicicleta como modo de transporte, atualmente encontram-se bicicletários junto às estações de integração de transporte coletivo. E no Rio de janeiro já é possível o aluguel de bicicletas na orla marítima, mediante um cadastro prévio, feito via internet. O usuário pega a bicicleta em uma estação e entrega em outra.

Em São Paulo também  é possível alugar a bicicleta em algumas estações de metrô.  Ah! os trinta minutos iniciais são de graça!

Caso o querido leitor ainda não esteja convencido a pedalar uma “bike”, aqui vão mais algumas vantagens do uso da bicicleta como meio de transporte:

* Poluição atmosférica e sonora iguais a zero
* Não precisa de muito espaço para estacionar
* Redução de engarrafamento
* Melhoria da saúde física e mental do usuário
* Facilita o conhecimento da cidade



Por outro lado, não adianta somente o estímulo ao uso de bicicletas sem criar condições favoráveis para seus usuários. A educação por parte dos ciclistas e motoristas em geral, melhorias e expansão das ciclovias já existentes, estímulo, pelas empresas, para uso de bicicletas entre os funcionários e segurança pública são fundamentais para que o uso de bicicletas como transporte urbano dê certo.

Uma cidade que encara o meio de transporte como uma necessidade humana, torna-se mais saudável e um lugar melhor para seus habitantes.



1. Super interessante, ed.14 nov.1998.
2. La bicicleta em los países bajos. Ministerie van Verkeer em Waterstaat.

Texto: Carolina Moraes
Foto: Carolina Moraes
Copyright: Carolina Moraes (autorização de publicação para brasileiros-na-alemanha.com/portal/)

Este texto só poderá ser reproduzido ou traduzido (completo ou em parte) com autorização da autora e do site Brasileiros-na-alemanha.com.

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Os temas e opiniões publicados nesta coluna são de responsabilidade da autora, não refletindo necessáriamente a opinião do portal Brasileiros-na-Alemanha.com

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