Nosso website utiliza cookies para tornar a sua visita mais eficiente. Sem eles algumas áreas como menus, blocos ou slideshows não poderão ser exibidas.
Procurar no Site

O uso potencial das Algas II - Combate na poluição aquática

A contaminação se reflete na população através de fenômenos como:

1) Mudança na biodiversidade local.

2) Alterações das características morfológicas e fisiológicas1 da espécie.

3) Alteração genética ou comportamental.

Nos últimos anos a utilização de animais vivos como método de avaliação do nível de contaminação aquático tem sido muito utilizado, principalmente devido ao baixo custo e a facilidade na implementação deste método em comparação com outros processos de análise química e de toxicidade. Os bioindicadores ideais são espécies de fácil observação, manuseamento e abundantes. Por este motivo, microalgas tem sido objeto de pesquisa desde a década de 50 e mais recentemente são usadas para monitorar a presença de metal pesado no meio ambiente.

Mas como uma alga pode indicar a presença de metais na água?

As algas destacam-se por serem bioabsorventes2. Ou seja, tem a capacidade de absorver metal pesado. O processo ocorre porque a superfície da alga contém anions. Estes sítios aniônicos irão se ligar aos sítios catiônicos do metal. E dependendo da composição protéica da alga, a sua afinidade por determinado metal será alterada.

Após uma análise da concentração de metais na biomassa4, é possível uma correlação entre o material absorvido e a quantidade de metal presente na coluna de água. Aliás, esta característica de absorção esta sendo muito aproveitada na extração industrial de substâncias metálicas.

Uma outra maneira muito utilizada de perceber poluentes no ambiente é através da análise na cor da alga. Durante a fotossíntese, as algas absorvem dióxido de carbono (CO2) e liberam oxigênio (O2). Quando há uma mudança na coloração da alga, significa que ela não está absorvendo corretamente o oxigênio, pois o metal combina-se com a Clorofila5, impedindo o processo fotossintético.

Percebe-se então que organismos bioindicadores podem ser “uma mão na roda” e servir como avisos naturais e bem mais econômicos de contaminação e alterações no ambiente. Obs. Caro leitor, este artigo não é uma desculpa para que o mofo do banheiro não seja limpo.


1. Análise através da forma, processos físicos e mecânicos dos organismos.

2. Material biológico capaz de absorver metais pesados do ambiente.

3. Schiewer S, Volesky B (2000) Biosorption by marine algae. In: Valdes JJ (ed) Remediation. Kluwer, Dordrecht.

4.Derivados de organismos vivos

5. Pigmentos naturais que ocorrem nos seres fotossintéticos.


Texto: Carolina Moraes
Foto: Carolina Moraes
Copyright: Carolina Moraes (autorização de publicação para brasileiros-na-alemanha.com/portal/)

Este texto só poderá ser reproduzido ou traduzido (completo ou em parte) com autorização da autora e do site Brasileiros-na-alemanha.com.

A divulgação DO LINK para este artigo está liberada.


 

 

Top